Bom dia, Verônica estreou esse mês na Netflix, se tornando a primeira série da plataforma a ser adaptada de uma ficção policial brasileira. Com o roteiro de Raphael Montes e Ilana Casoy, Bom dia, Verônica é baseada no livro homônimo escrito em uma parceria ente os autores.
A série narra a história de Verônica Torres, uma escrivã da Delegacia de Homicídios que, enquanto desvenda o passado de seu pai, também investiga o suicídio de Martha Campos, ocorrido diante de seus olhos dentro da delegacia, e um serial killer denunciado por Janete Cruz, sua própria esposa. O perigo se intensifica quando Verônica descobre que a identidade por trás desse assassino é a de Cláudio Antunes Brandão, um policial militar.
Devido a traumas passados, Verônica é proibida por seu padrinho e delegado, Wilson Carvana, de trabalhar em um caso de suicídio. Além do fato, é claro, de ser apenas uma escrivã e não ter preparo ou formação alguma para atuar como investigadora. Esta situação agrada muito a Anita, investigadora preferida para substituir Carvana após sua aposentadoria.
Mesmo com tantas limitações, Verônica consegue contribuir bastante para a investigação (muito mais que os próprios policiais), e, enquanto, prova sua capacidade investigativa no caso de Martha, trabalha em silêncio, e apenas com a ajuda de Nelson, no caso de Janete.
Anita é uma personagem criada especialmente para a série, e trás a questão da competição feminina e do discurso machista vindo de uma mulher. Além de ser uma peça importante para o desenvolvimento da trama de Verônica.
Um ponto negativo da série é que ela não explica o motivo do Brandão fazer tudo o que faz. Outra coisa que me incomodou um pouco foi a fotografia apresentar uma paleta de cores quentes e vibrantes. Acho que contrastou muito com o clima tenso da série.
Vale a pena assistir Bom dia, Verônica? Sim! Mas não vá esperando encontrar a mesma história que você leu. São duas visões diferentes. Ao contrário do livro, que narra com a mesma profundidade os universos de Verônica, Janete e Martha, na série, Raphael e Ilana optaram por focar muito mais na história de Janete e Brandão e deixar a de Martha em segundo plano (o que me doeu um pouco, pois assistir essa trama seria incrível demais). A trama de Verônica também ganha uma perspectiva bem diferente da contada no livro.
Acho que quando estreia uma série ou um filme inspirado em um livro, muita gente desiste de ler porque já assistiu. Neste caso, Raphael e Ilana criaram duas experiências distintas. Apesar da série manter a essência da história, trás novos conflitos, não anulando, assim, a possibilidade de ler o livro e ser surpreendido.
Bom dia, Verônica conta com um elenco talentosíssimo composto por Tainá Müller, Camila Morgado, Du Moscovis (não consigo imaginar outros atores pra dar vida à Janete e Brandão! Simplesmente perfeitos!), Silvio Guindane, Elisa Volpato, César Mello e Antônio Grassi.
Estou muito ansiosa pelo segundo livro e também pela segunda temporada! E você? Já assistiu a Bom dia, Verônica? O que achou?
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